INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL EM CONSÓRCIOS: USAR OU NÃO USAR?

Por Gustavo Galleazzo

Emitida no ano passado (2023), mas com entrada em vigor este ano (2024), a Resolução 285 do Banco Central do Brasil exerce significativo alcance no processo gestorial dos consórcios. Ao alterar as regras para cancelamento de cotas inadimplentes e modificando o processo de devolução de valores, aumentará o controle e o rigor sobre as marcas de consórcio.

A entrada desta regulamentação acrescentará novas e dinâmicas variáveis à gestão, modificando estruturalmente a oferta e a demanda.

Embora o resultado dos últimos anos tenha resultado positivo, (cresceu 8,6% no mesmo período, o equivalente a R$ 2,4 milhões em novos consorciados, segundo dados da ABAC – Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios – ABAC ), não há garantias de que as vendas atenderão as expectativas, tampouco consigam preencher todas as necessidades do mercado.

É bom lembrar que a venda precisa ser “mantida”, ou seja, não decair por vícios de negociação, erros de cadastro, informações equivocadas, etc.; por isso, não basta o treinamento e a capacitação dos representantes, é preciso pensar em novas ferramentas.

Neste momento é que a I.A, pode se tornar uma grande aliada na análise da venda, e nos processos de conformidade (contexto legal de regras, tal como informações cadastrais por exemplo). Ela pode auxiliar no tratamento onboarding de dados revendo a carteira e a sua relação com o histórico e as relações de compliance.

Diferentemente de programas de B.I., ou assemelhados, a inteligência competitiva é capaz de “enxergar” padrões no processo comercial e preparar parte dos sistemas de B.I ou de produção para questões legais em preenchimento do cadastro e outras atividades estruturantes dos contratos.

Embora muitos fabricantes / produtos de sistemas para empresas de consórcio aleguem já possuir conceitos de I.A. nas suas plataformas, são apenas princípios do que se pode agregar. Imagem, som, tendências, e personalização de necessidades estão no complexo conceito de utilização da I.A.

Embora ainda incipiente em diversos mercados, é interessante que as empresas de consórcio comecem a se preparar para seu uso. Converse conosco sobre o tema.

Site: www.trixxconsulting.com/

Sobre o autor:

Gustavo Galleazzo é sócio da Trixx Consulting, e é um dos especialistas da empresa para organizações de consórcio.